FUTEBOL DE MESA NO CEARÃ

12 TOQUES CRESCE NO CEARÃ

12 TOQUES CRESCE NO CEARÃ

QUIXADAENSES SE DESTACAM NO FUTEBOL DE MESA

Guilherme Moura é revelação cearense

Com 16 anos, o jovem botonista já conseguiu resultados expressivos contra jogadores de sua categoria e ante adultos.

Ele já enche de orgulho o pai Manoel Moura nos torneios de futebol de mesa organizados pela Associação de Futebol de Mesa do Ceará (Afutmece). E com a mesma desenvoltura com a qual supera os adversários da sua idade (15 anos), Guilherme Moura joga de igual para igual contra rivais mais experientes.

“Comecei a me interessar pelo futebol de mesa em 2006. Eu acompanhava meu pai durante os treinos e jogos na Afutmece. E acabei aderindo ao esporte”, revelou Guilherme, que ainda joga futsal e futebol de campo.

Fidelidade

“Na realidade, sempre fui um aficionado pelo futebol de mesa. Mas quando casei, passei 25 anos longe do esporte. Quando retornei, em 2006, o Guilherme me fazia companhia e hoje treinamos e jogamos juntos em torneios da Afutmece”. Aliás, pai e filho, além da paixão em comum pelo futebol de mesa, representam o município de Quixadá nas competições. “Eu sou de Quixadá, e defendo a minha terra nos eventos da associação, e o Guilherme faz parte da minha equipe”, ratificou Manoel.

O botonista quixadaense ressaltou que apesar das convidativas novidades tecnológicas (vídeo game, internet, televisão etc), Guilherme tem se dedicado bastante ao futebol de mesa, “um esporte que ajuda a desenvolver muitas coisas, como atividade motora, controle emocional. E isso aprimora nossa relação pai-filho, porque ele vai se espelhando no meu comportamento numa vitória ou derrota, e vai apreendendo alguns dos valores que norteiam os praticantes do futebol de mesa”.

Satisfação

E é claro que a evolução do filho é motivo de satisfação para o pai-coruja. “O Guilherme, apesar de ser meu filho, modéstia à parte, tem um grande potencial no futebol de mesa. E a opinião não é só minha. Muitos companheiros reconhecem que ele tem talento. Este ano, no XXI Brasileiro 12 Toques, realizado em julho, no Rio de Janeiro, o Guilherme ficou em sétimo lugar na categoria Sub 15, o que em termos de cenário nacional foi excelente colocação para o esporte cearense”, disse Manoel, que tem no currículo um bicampeonato estadual e foi vice-campeão do Nordeste este ano, em Pernambuco. “Nós temos a cultura de festejarmos só os campeões, em qualquer modalidade. Mas temos que valorizar a performance do Guilherme, que deu visibilidade ao nosso Estado em termos de ranking nacional”, ressaltou Manoel.

Saiba mais

Fase áurea
Segundo o advogado Adail Colares, botonista da Afutmece, o futebol de mesa teve uma fase áurea nos anos 60, quando os adeptos formavam seus times com botões de osso ou mesmo capas de relógio

Ressurgimento
Com a criação da Afutmece, entidade que difunde e estimula o futebol de mesa no Ceará, e cuja sede fica na Academia Cearense de Tênis, a modalidade ressurgiu com toda força

Duração do jogo
A Afutmece segue a regra da associação paulista da modalidade, dois tempos de 20min, tolerância de 12 toques para os botonistas, e cada botão só pode tocar na bola de feltro três vezes seguidas. Após esses toques, a bola vai para o adversário. Atualmente, os botões dos jogadores e os goleiros são feitos de acrílico

FONTE: DIÃRIO DO NORDESTE – EDIÇÃO DE 31.12.2009  

MOACIR FÉLIX (REPÓRTER 

Sobre o autor

Armandinho joga botão há mais de 45 anos. Disputou quase todos os Campeonatos Brasileiros individuais da Regra oficial de 12 Toques realizados em vários Estados Brasileiros e foi Campeão Pernambucano em todas as Regras que disputou. É o Presidente do RECIFE ARENA - Clube Armandinho de Futmesa